Na 14ª Edição da Revista Aquaculture Brasil, o colunista e diretor da Altamar, pode descrever sobre sua experiencia no Chile.

Entre os dias 17 e 20 de outubro de 2018, ocorreu em Puerto Montt, Chile, a 10º Edição da Feira Aquasur.

Essa é a segunda vez que estivemos presentes no evento e, dessa vez, tive a oportunidade de realizar visitas técnicas em algumas instalações de produção de salmão.

Essas instalações  estão no o estado da arte no que se refere à sistemas de recirculação, automação e operação de instalações de aquicultura em terra.

A produção de salmão é dividida em duas fases:

• Na primeira, que vai da fertilização dos ovos até quando os animais atingem cerca de 250 g, chamados de smolts, ocorre em água doce.

• Na segunda fase, os smolts são transferidos para engorda em água marinha, que é feita em tanques-rede no mar.

Na primeira fase, para otimizar o tempo de produção, evitar a entrada de parasitas e patógenos, minimizar o consumo e a interferência de qualidade de água de captação e em virtude da dependência climática, as empresas tem passado a utilizar sistemas de recirculação de água

Os sistemas de recirculação das empresas que visitamos eram compostos basicamente por: filtros de tambores rotativos para a remoção de partículas sólidas, filtros biológicos submersos, torre de desgaseificação, desinfecção por ultra-violeta e ozônio e oxigenação a partir de O2 puro, injetado na linha de retorno.

Uma das empresas que visitamos, a Cermaq, possui um sistema para juvenis composto por 20 tanques de 250 m3 cada.

Nele, são estocados animais que chegam com 5 g até atingirem 250 g, operando a densidades de estocagem que alcançam 60 Kg/m3.

A operação dos sistemas dessa e de outras duas sedes da empresa, são controladas remotamente através de uma única central, o que facilita a padronização de processos, protocolos e utilização de menos mão de obra.

Foto: Sistema de Monitoramento e controle remoto de três estações de aquicultura da Cermaq, Chile.

Concluindo, o que vimos foi a operação de uma aquicultura que, para conseguir continuar produzindo, nas últimas décadas precisou se estruturar e se adequar a novas normas ambientais, ao surgimento de patógenos e a um mercado bastante competitivo.

Fica a lição aprendida com a Aquicultura Chilena!